A dor do amor

Novamente chegou esse sentimento

Essa dor, que me corrói por dentro

Sem defesas, sem uma cura

Apenas dói,e após a dor vem o nada

Mais uma vez essas lágrimas

Voltam a encharcar-me o rosto

Rolam por minha face,já pálida

Seguidas por soluços,e esse vazio

E, outra vez, estas palavras

O papel que antes estava branco e agora escrevo

Ele que me ouve, ele que me entende

Aqui eu digo o que sinto, sem nada explicar

Isso não se repetirá 

Cansei de pesar algo que já se foi

Esperei o que devia esperar, nada mudou

Fiz o que devia fazer, e apenas me machucou

Adeus, dor que um dia chamei de amor...

Realidade

Num dezembro qualquer te conheci

Olhei,disfarcei,me apaixonei

Foi então oportuno, o sopro do vento

Delicado e dançante,brincou em tua saia

Com um sobressalto a prende em seu corpo

E num golpe de azar, perdeu a firmeza

Por sorte,pude chegar a tempo do salvamento

Com um primeiro olhar inesperado

Penetrante, entusiasmante, inebriante

Poucos segundo se estenderam em horas

Um momento lento,um momento único

Desprevinido então,um beijo me tirou do transe de seu olhar

Lábios dilatados,avermelhados, molhados

Um calor tomava conta de mim

Maior que meu casaco de dezembro

Mas,foi então que morfeu me abandonou

E no canto do galo, teve inicio outro dia

O dia de hoje

Eis-me aqui novamente
Em prantos, jorrando resquícios d'alma
Este dia já não será como os outros,em minha mente
Sem ti ter em meus braços, sigo chorando

Jorrando esta alma
Sigo na saudade de seu afeto
Recordo-me,então,de me dizeres que me ama
Mas já vejo distante seu carinho

Olhos úmidos estes que carrego por hoje
De lembranças que um dia poderiam acontecer
E planos que se passaram,quão amargo
Sois estas lembranças que levo até o entardecer

Eis-me aqui, novamente
Dizendo-lhe como me fazes falta
Brevemente desejo lhe ver
Mesmo com altas penalidades

Em minha mente sigo
Assim como no coração
Convicto,em nossa paixão
E então,foi-se mais um dia
Sem você,sigo na agonia.

P.S:Certas vezes nos apaixonamos e(ou) amamos pessoas que não conseguem demonstrar afeto como demonstramos,queremos dar tanto amor,tanto carinho e conseguimos faze-lo, mas seu parceiro(a) não " consegue",talvez por dores passadas ele(a)  se fechou para os própios sentimentos.É triste ver isso,é triste sentir isso e é pior ainda quando você vê o seu(sua) parceiro(a) passando por isso, pois, mesmo com sua vontade e esforço a outra pessoa muitas vezes se nega em aceitar ajuda.Se têm alguém que diz que amar-te e demonstre isso,acredite!Vença seus medos,seus pesadelos junto a essa pessoa,pois ao se fechar 2 corações choram e não apenas um.

A porta da alma

Dia qualquer sob o luar

Eis que venho a te mirar

Cabelos negros,bochechas coradas

Olhar profundo,negros e curiosos

Pareciam perfurar-me ao te fitar

Mas era algo doce,algo sutil

Em meio a tantas conversas

Sua voz ecoa em meus tímpanos

Com um leve sorriso consigo seus olhos

Estes que tanto me observam

Estes que um dia foram misteriosos

Tempo passou

E hoje os vejo cada vez mais

Sem misterios e sim compreensão

De tú eu entendo

E de mim...

Quer entender?

Entrelinhas

De tantas formas posso dizer-te

Textos,poemas,músicas,teatro ou cinema

Mas aqui no papel,sei que serei eu

Um abraço amigo?

Ou te chamar por um apelido

Tivemos momentos assim

Ainda o temos

Bobos sorrisos arrancados um do outro

Coisas da meninice

Te recordas com essas palavras?

Tanto tempo que passou

Hoje vemos quão rápido foi

Mas hoje demora à passar

Amanhã, hoje igual terá sido tão rápido

Memórias ficarão

Sorrisos e lágrimas

Tudo passou lembra?

Ainda virá,não esqueça!

Tu estás forte agora,ficaste assim

Isso todos podem ver

Mas apenas uns sabem

Que flor não leva apenas no nome

Delicada como rosa

Mas mesmo ela tem seus espinhos

Não para machucar a todos,mas para se proteger

Nessas palavras,quero te dizer

O tempo pode passar,e outros levar

E cá estamos

Nesta alvorada desabrochastes novamente flor

Num 24 qualquer

P.S: Para uma amiga de anos que sempre será uma "chata" para mim.

CHUMACERO,gabriel leorne.

A flor

Que bela suas folhagens

Com longos fios entrelaçados de cipós debruçando-se sobre mim

Na alvorada do dia sente-se tua inebriante fragância  

Que me consomes aos poucos

Onde está o sol que outrora se punha?

Deu-se espaço ao luar que nos ilumina

Sua flor já eclodida me afronta à apalpa-la

Tão próximos que meus lábios a tocaram

Senti então sua tranças me envolverem

Flor tua q me tentou e conquistou

Flor essa q me prendeu 

E no raiar do sol cerrou o aroma

E recolheu-se,já exausta,sua flor

E o mundo adormeceu junto a mim

Na espera do entardecer

Na espera do seu desabrochar

Espinhos angelicais

Menina da graça e beleza

Como tens graça essa menina

Como és bela essa menina

Lábios como rubis que ardem

Poucos gestos já bastam

E minhas veias logo latejam com o acelerar do coração

Essa menina que menina

Com rosto angelical

Tudo te convences

Como tem graça essa menina

Que tal como anjo do céu

Uma rosa na terra

Ao despertar de suas pétalas

Todos ardem com seu desejo emanando

Entre tantos outros

Eis-me que sinto-me atraido

Tuas petálas logo se abriram

E com teu jeito de moça

No leito nos perdemos

Foi-se então que lá fiquei

Naquele leito

Seja onde estivesse

Cai no seu jeito

Sereia que leva pro leito

Que tuas pétalas prendem com espinhos acuminados

Apenas me livrei de teu canto

Ao ver outro cair em teus encantos